Madonna explodiu nas paradas de sucesso em 1983. De lá para cá, foram 17 álbuns solo em estúdio, trilhas sonoras, coletâneas e singles. Vamos relembrar os mais importantes?
A estreia

Com Madonna, o mundo se surpreendeu que a cantora de música R&B fosse uma loira de olhos azuis. São poucas faixas, quase todas datadas, porém com clássicos como Boderline e Everybody. O maior destaque, no entanto, é a faixa Holiday, o hino de Madonna em todos seus shows.
MTV criou o mito

Like a Virgin chegou às lojas em 1984, impulsionado pelo vídeo de Madonna em Veneza, que não parava de rodar na MTV. A cantora saiu em turnê, inventou um show onde dançava o tempo todo, não segurou o tom de voz, mas com um dos álbuns mais vendidos e tocados do ano virou a mulher mais famosa do planeta.
O amor e Madonna produtora

Durante a Virgin Tour, Madonna se associou a Pat Leonard, mudou o tom de sua voz e se lançou como sua própria produtora.
True Blue é um album apaixonado, dedicado ao então marido, Sean Penn, e mostra uma Madonna sagaz. Além das canções dançantes, entra no mercado latino com La Isla Bonita, cria polêmica com Papa don’t Preach e encanta com Live to Tell.
Divórcio e look icônico

Like a Prayer foi o álbum lançado em 1989, quando só se falava de Madonna o dia inteiro. Com gingado, um passo de ousadia (Oh Father e Dear Jessie), vídeos polêmicos e de orçamento caros, uma turnê de figurinos assinados por Jean Paul Gaultier, Blond Ambition tomou o mundo. Reforçado com o elogiado I’m Breathless, trilha sonora de Dick Tracy (que trouxe a canção vencedora do Oscar, Sooner or Later e o clássico, Vogue), além do documentário Truth or Dare, só dava Madonna, Madonna e Madonna.

Rompendo barreiras com Erotica

Erotica ainda é o álbum mais controverso na carreira de controvérsias de Madonna. Defendendo pansexualismo, falando de fantasias, S&M, amor e AIDS, a cantora fez filmes mais ousados, um livro de fotos eróticas, Sex, falava palavrões em entrevistas e apareceu com namoradas e namorados. O mundo ainda não estava pronto, mas isso nunca foi um problema para ela.
Atualizando o som, mas vendendo menos

A princípio, Bedtime Stories parecia um passo atrás de Erotica, mais suave e até, perdido. Tem outro hino de Madonna, I’m Not Sorry, e marca os passos da cantora na música eletrônica.
O melhor de todos: Ray of Light

Nem todos os fãs concordam, mas a crítica premiou esse álbum de Madonna como nenhum outro antes ou depois. Ray of Light marca a fase da artista com a Kaballah, com a Inglaterra e é absolutamente perfeito de ponta a ponta. É também uma Madonna pós-Evita, já com sua primeira filha e uma mulher mais do que vivida, porém ainda atenta à estar à frente da curva.

A fase britânica de Madonna


Com o casamento com Guy Ritchie, Madonna se transferiu para Inglaterra e lançou dois bons álbuns, porém inferiores à Ray of Light. Music e American Life tem hits, mas são mais a referência do amor da cantora pelo marido.
Imbatível no dancefloor e divórcio



Confessions on a Dancefloor é talvez um dos três melhores trabalhos de Madonna, assim como sua turnê. No segundo documentário, que mostra sua vida pessoal sofrendo com a profissional, percebemos as rusgas na união com Ritchie e no álbum seguinte, Hard Candy, começa a etapa da mágoa do segundo divórcio.
As turnês vão ficando cada vez melhores, mas Madonna perdeu espaço para artistas como Lady Gaga e Beyoncé, lutando agora abertamente contra o preconceito de idade.
Sozinha, politizada mas atuando


Rebel Heart e Madame X, os dois últimos álbuns de Madonna, são infinitamente inferiores aos trabalhos anteriores, mesmo que tragam uma cantora descobrindo novos ritmos e sons, como é no caso de sua estadia portuguesa influenciando Madame X.
Atualmente trabalhando no roteiro da biopic Live to Tell, e para lançar um documentário e o show que gravou antes da pandemia, Madonna chega aos 63 anos mais do que na ativa. Simplesmente sendo Deusa, muito mais do que uma mera Rainha. Longa vida à Musa!