Say Anything, ou Diga o que Quiserem, de 1989, foi um dos primeiros filmes de Cameron Crowe, anos antes de Almost Famous e Jerry Maguire, mas, mesmo sem conseguir se comparar ao sucesso de bilheterias dos outros, é um dos filmes mais copiados nos últimos 30 anos e tem até um Funko especial. E tudo pela clássica cena final. Uma que quase não chegou às telas!


A comédia romântica, estrelada por John Cusack (com apenas 22 anos, na época), segue as fórmulas clássicas dos anos 1980s, estabelecidas por John Hughes. Rapaz que não é popular na escola, é apaixonado pela menina mais admirada. Ele se arrisca, se declara e os dois se descobrem apaixonados. Aqui, há pegadas diferentes. O pai da mocinha é um corrupto empresário que acaba na prisão e a mocinha sonha com conhecer o mundo e não embarcar em uma relação séria ainda tão nova. E não abre mão de seu final feliz, sozinha. Por isso mesmo, quando Loyd faz uma das serenatas mais famosas do cinema, tem tanta força.
O ator foi contra a cena, mas sua contrariedade na filmagem, segundo Cameron, é o que faz a cena mais icônica. Para o diretor, a iniciativa da serenata é aquele sentimento de estar tão em sintonia com uma canção que quer compartilhar com a pessoa que você sabe que vai sentir o mesmo. E não quer esperar para fazer isso.
A cena é praticamente a única coisa lembrada do filme até hoje e parodiada em mais de 20 filmes e séries, desde You a Deadpool, The Simpsons, Orange is the New Black, entre outras. Incluindo Para Todos Os Garotos.



Outra razão que desagradava John Cusack era a escolha da canção para a cena. Ele achava muito passiva. Eles gravaram com Question of Life, de Fishbones, até porque Peter Gabriel tinha recusado o uso de In Your Eyes. Na sala de edição, Cameron Crowe percebeu que realmente a química não estava lá. Insistiu com o músico e conseguiu o Ok. Nascia o clássico.
Vale sempre rever!