100 anos da Semana de Arte Moderna

Um movimento pela Arte – dança, pintura, música, literatura – que marcou o início do movimento do modernismo no Brasil celebra seu centenário em 2022: a Semana de Arte Moderna.

A manifestação cultural, considerada a mais importante na História do país aconteceu pela primeira vez no ano do centenário da Independência do Brasil, em São Paulo, e foi considerado o momento ideal para renovação artística, incentivando a criação de revistas, quadros, livros, movimentos e manifestos.

A Semana de Arte Moderna aconteceu entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal paulista, sob forte influência européia e seus movimentos de vanguarda. Apresentações musicais e conferências aconteciam intercaladas com exposições de escultura, pintura e arquitetura. A novidade era quebrar o paradigma de qualquer rigor e investir na arte pela arte.

O primeiro passo para o Modernismo começou alguns anos antes, em 1917, com a Exposição de Pintura Moderna – Anita Malfatti, onde além de 53 obras da artista fora apresentadas ao lado de peças assinadas por Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia e Di Cavalcanti, entre outros. Os apegados ao que era aceito reagiram negativamente à novidade, especialmente aos traços expressionistas da pintora, criticando duramente as obras, mas o efeito foi de reacender o movimento por mudanças, que veio com força em 1922.

O público que teve acesso gratuito ao Theatro, estranhou o que viu e de certa forma ficou escandalizado. Houve até vaias, mas a mudança estava plantada. Peças compostas por Heitor Villa-Lobos fecharam a semana, que causou furor e muita polêmica sendo desde então considerada um marco na Cultura brasileira.

Participaram:

  • Arquitetos: Antonio Moya, Georg Przyrembel.
  • Escritores: Afonso Schmidt, Agenor Barbosa, Álvaro Moreyra, Elysio de Carvalho, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Luiz Aranha, Mario de Andrade, Menotti del Picchia, Oswald de Andrade, Ronald de Carvalho, Sérgio Millet, Tácito de Almeida.
  • Escultores: Wilhelm Haarberg, Hildegardo Leão Velloso, Victor Brecheret.
  • Músicos: Alfredo Gomes, Ernani Braga, Fructuoso Viana, Guiomar Novais, Heitor Villa-Lobos, Lucília Guimarães, Paulina de Ambrósio.
  • Pintores: Anita Malfatti, Antonio Paim Vieira, Emiliano Di Cavalcanti, Ferrignac, John Graz, Vicente do Rego Monteiro, Yan de Almeida Prado, Zina Aita.

Em 2022, haverá várias palestras, exposições e apresentações para marcar a data. A Pinacoteca, por exemplo, tem 134 obras de autoria de artistas ligados ao modernismo, espalhadas pelas 19 salas e corredores do museu, com destaque para a pintura Amigos, de Di Cavalcanti, que estava na Semana de Arte Moderna de1922. Vale correr atrás de toda programação!

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