Príncipe Andrew desiste de julgamento,paga indenização e pede desculpas

O mal causado pela arrogância do Príncipe Andrew pode ser irremediável. Desde que sua conexão com Jeffrey Epstein passou a ser questionada, ainda em 2015, o filho favorito da Rainha Elizabeth insistiu manter sua versão da história, por mais estapafúrdia que fosse. Embora testemunhas o colocasse em festas com menores de idade, fotos comprovassem que conhecia sua acusadora, Virginia Giuffre, Andrew insistiu que todos mentiam, apenas ele dizia a verdade. Nem mesmo as
fotos e vídeos com Ghislaine Maxwell ele aceitou, dizendo que “mal a conhecia”.

Depois de 2 anos de vergonha pública e com sério risco de ir parar atrás das grades, Andrew obedeceu à ordem de sua mãe que o ordenou fazer um acordo e encerrar o processo. Isso mesmo, Andrew perdeu.

Ao longo dos anos, assim como seu tom defensivo ganhava volume, assim crescia o tom de Virginia. O príncipe perdeu títulos, foi sendo isolado e no final se sentiu humilhado, mas na verdade o que fez foi expor de forma inimaginável a Monarquia britânica, manchando o Jubileu de Platina de sua mãe como o símbolo de uma cultura machista tóxica. Essa sombra não tem mais como ser apagada.

Ao longo de 2021, Andrew tentou de tudo para evitar ir à julgamento, incluindo literalmente se esconder no Castelo de sua mãe, para evitar receber os documentos da Justiça. Não funcionou. Tentou então desfazer da credibilidade de Virginia, mas não conseguiu. Hoje, 15 de fevereiro de 2022, a Justiça americana confirmou que não haverá mais julgamento e que Andrew pagou uma indenização significativa e confidencial para Virginia, encerrando a questão.

O preço certamente foi alto, mas o pior prejuízo foi o que deu para o futuro da Família Real. Não havia dúvidas que se fosse julgado, Andrew seria condenado e havia sim o risco de ir parar na prisão. A essa altura, ele teve que ceder.

“O Príncipe Andrew nunca teve a intenção de difamar o caráter de [Virginia] Giuffre, e ele aceita que ela sofreu tanto como uma vítima estabelecida de abuso quanto como resultado de ataques públicos injustos”, diz um dos documentos arquivados no tribunal acrescentando que ele “lamenta sua associação com [Jeffrey] Epstein e elogia a bravura de Giuffre e outros sobreviventes em defender a si mesmos e aos outros. Ele promete demonstrar seu arrependimento por sua associação com Epstein, apoiando a luta contra os males do tráfico sexual e apoiando suas vítimas”, conclui.

O príncipe Andrew nunca teve a intenção de difamar o caráter de Giuffre, e ele aceita que ela sofreu tanto como uma vítima estabelecida de abuso quanto como resultado de ataques públicos injustos”, de acordo com um dos documentos arquivados no tribunal. “

Como acompanhei a história de perto, fiquei decepcionada. Príncipe Andrew pode ter pago, mas não aprendeu. Seu exemplo é o pior que poderia ter ficado para História. Queria ter visto Justiça, mas parabéns Virginia por essa grande vitória.

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