Como já falamos há uma semana, há uma mensagem importante na série Pam e Tommy, que é endereçar a dor e o absurdo que foi a comercialização de um video caseiro do casal Pamela Anderson e Tommy Lee, nos anos 1990s. A atriz foi contra reacender a polêmica e entendemos a razão com o episódio 5.
A narrativa da série tem sido interessante. Para gerações novas, pode parecer um choque, mas na época as vítimas foram acusadas de oportunistas e culpadas, mesmo sem terem ganhado com a exposição de momentos íntimos apenas dos dois. Aos poucos, vamos vendo como era o relacionamento deles, ainda no início o no auge da paixão, como mal entendidos levaram ao roubo e ao escândalo e, principalmente, como Pamela sabia que seria a única a pagar a conta de tudo.
A atriz foi contrária a acionar judicialmente a revista Penthouse antes que fizesse qualquer coisa com as imagens, mas foi ignorada. Ao ser chamada para depôr no processo, foi chamada de prostituta, oportunista e humilhada repetidamente ao ser forçada a assistir à fita, cercada de homens e estranhos, descrevendo as cenas para os autos. É de passar mal.
O episódio dessa semana nos mostra como Pamela ascendeu como coelhinha da Playboy, como sempre sofreu com o machismo e -principalmente – que a motivação da fita era o de preservar o momento em que “fariam seu primeiro filho”. Idiota? Sim, mas algo que só dizia respeito aos dois.
A série está sendo justa com os envolvidos, mas não anestesia a dor que viveram. Dói em todos nós.