A volta de Westworld e a mesma dúvida: realidade ou jogo?

Desde a 1ª temporada de Westworld, sua trilha sonora é destaque. Assinada pelo genial Ramin Djawadi (Game of Thrones). Não apenas seu tema original, mas os covers inspirados e surpreendentes, com belos arranjos e acertos, eleitos e trabalhados pelo jovem maestro. E não foi diferente com o episódio de abertura da 4ª temporada, onde Ramin resgatou o primeiro sucesso de Lana del Rey, Videogame como tema de Dolores (Rachel Evan Wood), agora, Christina.

Vamos comentar sem medo de spoilers.

A trama retoma a ação sete anos depois de onde paramos. O mundo caótico “se reorganizou”, mas, como sempre há algo desconexo.

Caleb (Aaron Paul) voltou a trabalhar como operário na construtora, tem uma família e está em paz. Tem gente que ainda sente falta dos “robôs”, mas ele se mantém em silêncio. E atento. Sua neurose de estar antenado para emboscadas são sinalizadas como um ponto de conflito em casa, mas certeira, ainda assim. Quem está atrás dele?

“William (Ed Harris), explica a heroína Maeve (Thandiwe Newton), que vive como unabomber, isolada em uma cabana, mas é descoberta por capangas que querem sequestrá-la. Ela se salva, salva Caleb e juntos retomam a missão de “salvar o mundo”. Ainda que não saibamos o quanto real ele seja (ainda).

De fato o homem de preto, William, que agora não é mais humano, quer o que “foi roubado dele”, ou seja, a entrada para Westworld e o Valley Beyond. Se ele era implacável em sua forma original esse host está ainda pior. Ele que abre a temporada e com as moscas assassinas vimos que está violento como nunca, assim como manipulador.

Sem sinal de Charlotte Hale (Tessa Thompson) ou Bernard (Jeffrey Wright), que sabemos pelo trailer que retornam, o episódio voltou para uma Dolores, agora Christina, vivendo em uma Nova York moderna o mesmo drama da temporada 1. E atenção para os nomes, porque teremos “troca”. Falarei em outro post.

Christina, assim como no início da história, acorda todos os dias, linda, para uma mesma rotina. No entanto, ela percebe alguns desafinos que ainda não contextualiza. Sua roomate, Maya (Ariana DeBose) nos deixa claro que apesar de linda, Christina está isolada, evitando relacionamentos e tem um stalker. Ela é roteirista de jogos (alô, canção de Lana del Rey), mas quer criar romance e finais felizes, quando o que vende é sangue e tragédia. Se compromete em mudar, mas no meio do caminho é confrontada por alguém que pergunta de uma Torre e, na pessoa de Peter, a acusa de controlar as pessoas no mundo e pede para ser libertado. No momento, Christina não tem ideia do que ele está falando. “Todas essas pessoas fazem o que você quer”, ele nos dá o teaser, antes de se matar.

Enquanto Christina tenta mudar a história que quer contar, de uma garota procurando preencher o vazio em sua vida, vemos Teddy (James Marsden), do lado de fora a observando, ao som da romântica Videogame, de Lana Del Rey. O trágico triângulo de Dolores-William-Teddy sempre foi garantia de uma violência absurda, será que teremos o resgate?

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