A profundidade e amadurecimento da música de House of the Dragon

A composição de Ramin Djawadi para Game of Thrones, desde o lendário tema de abertura aos demais, é parte essencial do sucesso da franquia. Sua confirmação em House of the Dragon foi uma das mais celebradas pelos fãs. Ninguém duvidava do que entregaria.

Se superou.

Olhando para trás e ouvindo cada temporada de GOT até a 1ª de HOTD, que só foi liberada após a conclusão, há um caminho claro – conectado – e original ligando toda a história.

Em 2010, quando Game of Thrones chegou à HBO, o tema principal foi imediatamente o mais popular, gerando covers e memes que colaboraram para sua popularização. Basicamente ele trabalhava com quatro temas (leimotifs): o do Trono (abertura), sempre no fundo das disputas políticas; o de Winterfell, triste, introvertido e sempre aplicado aos Starks; o dos Lannisters, usado para a canção Rains of Castamere e o tema de Daenerys Targaryen, romântico e grandioso. Ao longo da história foram surgindo outros, como o tema de amor de Jon Snow e Daenerys (Truth), o tema do Night King e o mais adorado dos fãs, Light of the Seven, que virou a assinatura de Cersei Lannister.

Quando o primeiro episódio de House of the Dragon dispensou os créditos e partiu direto para a trama, muitos ficaram ainda mais ansiosos. Apenas no fim do episódio entrou a música nova, The Prince That Was Promised, com a introdução de piano e mesclando o tema do Night King e notas de Daenerys e Game of Thrones.

O uso do tema tradicional na abertura funcionou, mas aos poucos fomos nos familiarizando com as novas temáticas e hoje torço para a mudança na segunda fase, com a dramática e bela melodia do tema que associamos aos Targaryens agora. Se no início ainda ouvíamos notas de Daenerys, agora sabemos que elas são ligadas aos vôos e dragões e nem tanto à Rhaenyra.

A trilha sonora de House of the Dragon traz 44 faixas e confirmam o amadurecimento artístico de Ramin Djawadi na narrativa musical. Mesmo sem a imagem, ao ouvir a música nos transportamos para Westeros e o sentimento de cada personagem através das melodias. A tragédia e a tristeza pontuam os temas, assim como o mistério. O tema de Rhaenyra tem um coral, um suspense que nos deixa encantados e enfeitiçados por ela. Na faixa de sua coroação, The Crown of Jaeherys é um dos pontos altos do álbum. Em comparação, o tema Coronation, que esteve no fundo da ascensão de Aegon II, é mais soturna, nos lembra mais da ameaça dos Night Walkers e o despreparo dele para lidar com a ameaça do qual nem tem conhecimento.

Funeral At The Sea, assim como Lament, The Silent Sisters e Fate of the Kingdoms refletem a tristeza das perdas e a ansiedade de uma tênue paz entre parentes.

Vale ouvir cada uma, mais de uma vez. Ramin está mais uma vez de parabéns!

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