- A peça teatral A Ratoeira (The Mousetrap) é verdadeira ainda em cartaz. Estreou no Theatre Royal, em Nottingham, em 6 de outubro de 1952 e é hoje a peça mais antiga do mundo ainda em produção.
- O elenco original trazia Sir Richard Attenborough e sua esposa Sheila Sim. Sir Attenborough mais tarde ganhou o Oscar como diretor por Ghandi e seguiu trabalhando como ator, com participação inclusive em Jurassic Park. Ele realmente chamava todos de “darling” por medo de esquecer nomes.
- Há mesmo uma cláusula contratual que impede que a peça seja filmada antes de seis meses depois de sua última apresentação. Uma adaptação para o cinema chegou a ser anunciada em 1959, mas o filme nunca foi feito porque 70 anos depois, a peça continua em cartaz.
- Assim como é mencionado no filme, A Ratoeira é inspirado em um crime real que chocou o Reino Unido nos anos 1940s. O menino Dennis O’Neill, de apenas 12 anos, foi violentamente espancado até a morte por seu pai adotivo, Reginald Gough, que foi condenado a seis anos de prisão por homicídio culposo.
- Quando o ator Richard Attebrorough diz que a peças A Ratoeira (The Mousetrap) “Não é exatamente Hamlet” é um trocadilho inteligente. É que em Hamlet, o príncipe dinamarquês monta uma peça para expor seu tio como o assassino e o nome é… A Ratoeira.
Como resposta e demonstrando conhecimento, o inspetor Stoppard diz à policial Stalker “a peça é o que importa” que é a resposta do próprio Hamlet quanto questionado sobre o título.


- Os nomes das personagens fictícias são piadas internas. Inspetor Stoppard é uma referência ao diretor e dramaturgo Tom Sttopard, que escreveu Rosencrantz and Guildenstern Are Dead – em referência às personagens de Hamlet – e também The Real Inspector Hound, uma paródia de The Mousetrap.
A policial Stalker é a tradução de “perseguidora”, que é um dos talentos dela.
O mordomo Fellowes é uma alusão ao roteirista Julian Fellowes, de Downton Abbey e The Gilded Age. É que Julian fez sucesso e foi indicado ao Oscar pelo filme Assassinato em Gosford Park , de 2001, que usa a fórmula “quem matou”(whodunit) ) e também foi quem adaptou a obra de Agatha Christie, A Casa Torta, para o cinema, em 2017.
Já o diretor Leo Köpernick tem um sobrenome que apenas os britânicos entenderiam. É que ele é uma composição de duas gírias: Copper (policial) e Nick (para prender/apreender um suspeito). - Há várias referências de livros ou personagens do universo de Agatha Christie: o gerente do hotel Savoy é chamado de francês, mas é belga, como Hercule Poirot.
O apartamento de Mervyn Cocker-Norris e Gio fica em Florin Court, o mesmo prédio usado como residência de Hercule Poirot nos livros e na série de TV. Poirot vivia no 203 apartamento 56B, em Whitehaven Mansions.
Os dentistas que Stalker vê listados nos prédios são: Norman Gale, um dentista do livro Death in the Clouds, de 1935 e Henry Morely, é o dentista que aparece em One, Two, Buckle My Shoe, de 1940. - Dame Agatha Christie era expert em venenos e por isso muitos dos seus livros incluem morte por envenenamento. Ela desenvolveu a curiosidade de aprendizado quando trabalhou como enfermeira durante a Primeira Guerra Mundial.
- Quando Stoppard e Stalker são chamados para solucionar o crime no teatro, nos falam que a maior parte da força policial está trabalhando na investigação de Rillington Place. É um fato real. E mais tarde, nos anos 1970s, Sir Richard Attenborough interpretou o assassino desse crime, no filme O Estrangulador de Rillington Place, que recontou a trajetória do serial killer Reginald Christie.
Ainda sobre Rillington, os nomes de duas vítimas estavam no caderninho de Köpernick: Beryl e Geraldine, mãe e da filha. - Fã de Peter Sellers, o ator Sam Rockwell se inspirou no inspetor Clouseau, famoso detetive criado por Sellers em A Pantera Cor-de-Rosa e Um Tiro no Escuro, invertendo as trapalhadas e o transformando em competente.

