Flashdance faz 40 anos ainda um clássico

No dia 15 de abril de 1983 o (então quase) novato diretor Adrian Lyne lançou nos cinemas uma versão da história de Cinderella com o filme Flashdance – Em Ritmo de Embalo. Mais do que sucesso imediato, foi uma febre mundial. Com uma trilha sonora assinada por Giorgio Moroder, a obra imortalizou o look e storytelling daquela década, com vários momentos clipados e oportunidades para explorar canções de sucesso. O filme rendeu à Irene Cara o Oscar de Melhor Canção.

O projeto estava em andamento há três anos a partir de um argumento original de Linda Obst e foi descartado por Brian de Palma e David Cronenberg antes de parar com Lyne, um publicitário com um único longa (Foxes) mas que tinha uma assinatura visual vinda dos comerciais que viria a ditar a moda da década. Lyne considerou Demi Moore e Leslie Wing antes de fechar com Jenniffer Beals para o papel principal, o de uma menina operária que sonha em ser bailarina. Como seu par romântico, também houve uma lista enorme de atores antes de fechar com Michael Nouri, nomes como Gene Simmons (da banda Kiss), Tom Hanks, Mel Gibson, Richard Gere, Robert DeNiro, Pierce Brosnan, John Travolta e um desconhecido, Kevin Costner, que quase foi escolhido.

Flashdance marcou também o início de parcerias lendárias como as de Don Simpson e Jerry Bruckheimer que depois assinaram os fenômenos Top Gun e Um Tira da Pesada e do roteirista Joe Eszterhas e Adrian Lynne, que depois trabalharam juntos em Nove Semanas e Meia de Amor, Atração Fatal e Proposta Indecente, entre outros.

A história gira em torno de sonhos difíceis de alcançar para jovens longe das grandes capitais do entretenimento, como Pittsburgh, onde Alexandra “Alex” Owens (Jennifer Beals) trabalha como uma soldadora em uma siderúrgica durante o dia e dança em uma boate à noite, sonhando em se tornar uma dançarina profissional, mesmo sem treinamento formal. Sua amiga, Jeanie (Sunny Johnson), trabalha como garçonete e está treinando para ser patinadora artística, e Richie (Kyle T. Heffner) paga as contas como cozinheiro, mas espera se tornar um comediante de stand-up. Alex chama a atenção de Nick Hurley (Michael Nouri), dono da siderúrgica onde ela trabalha e por quem se apaixona.

Há uma questão complexa da narrativa de Flashdance para os dias de hoje, com muitas situações que refletem o machismo e fetichismo aceitos há 40 anos, mas ainda assim é uma delícia de assistir. Jenniffer Beals (com apenas 19 anos na época das gravações) não sabia dançar e precisou ter uma dublê de corpo (a francesa Marine Jahan), que mais tarde processou os produtores para poder receber crédito. E gente, é muito fácil identificá-la dançando, é quase tosco. O que ninguém nega é o brilhantismo da trilha sonora, um apanhado de grandes sucessos dos anos 1980s que vendeu mais de 700 mil cópias em apenas duas semanas, ganhando o Grammy de 1984.

Com muitas imagens icônicas e imitadas desde então, Flashdance – Em Ritmo de Embalo é o típico filme “Sessão da Tarde”, uma oportunidade de nostalgia que adoramos aqui em Miscelana. Que sensação!

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