A temporada final de A Maravilhosa Sra. Maisel está intensa como sempre, confusa como nunca e agora (finalmente) trazendo Midge (Rachel Brosnahan) ao chão. E quem é mulher, sentiu com ela as duras lágrimas que estavam há tempos anunciadas.
No sétimo episódio da temporada, seguimos no iô-iô do tempo, começando à frente e voltando para o ‘presente’, sempre como um spoiler de que o momento sofrido será superado, mesmo com outras tristezas aguardando no futuro. Em outras palavras, Midge alcançará a fama tão evasiva que agora busca com afinco e que tem negada por ser uma mulher. Ela ganha menos, ela pode ser a melhor, mas não tem chance… ela finalmente quebrou em uma conclusão mais emotiva e que, não soubéssemos que essa parte vai ser solucionada, teríamos mais compaixão.

Midge tentou ser a melhor esposa para Joel (Michael Zegen), que nunca foi um comediante, e tentou ela mesma ser uma estrela de stand-up, com o apoio de Susie (Alex Bronstein), mas acompanhamos sua ‘auto sabotagem’ quando nunca soube separar sua vida pessoal do alvo de suas próprias piadas. Seus comentários ácidos e até agressivos, magoaram amigos, afastaram potenciais aliados e Midge nadou, nadou e morreu na praia. Nessa etapa final, está determinada a mudar sua atitude, mas no momento percebe que talvez não tenha o fôlego necessário para encarar a onda gigante de machismo e preconceito.
O problema, mais uma vez, é que depois de quatro temporadas nas quais ela mesma deixou passar grandes chances, não nos importamos tanto. Para piorar, os flashforwards aleatórios são mais confusos do que interessantes. Faltam apenas 3 episódios até o fim, já sabemos que Midge e Susie brigam, que Joe paga o pato e que elas vão se entender novamente (outra informação entregue sem necessidade). O problema mesmo é que a essa altura, Midge está no Feitiço do Tempo e já vimos esse filme antes, tantas vezes que nem conta.