Carrie tenta seguir em frente (spoilers)

Vamos aceitar o arco da temporada de And Just Like That, que são coisas simples. No caso de Carrie, como ter uma vida sem Mr. Big. E teremos 10 episódios até que ela dê uma chance ao “professor de matemática”, porque sabemos que eles se beijam. E – a um episódio do final de temporada – ainda não chegamos lá.

Então, outro detalhe que reparamos enquanto acompanhávamos as gravações, Carrie segue usando sua aliança de casada, mesmo já viúva a quase um ano (tempo é algo fluido na série). Mas, indiretamente, quem nos emociona nesse episódio é talvez o único homem próximo de “perfeito” no universo de Sex and the City: Steve. Sua classe, sua sensibilidade em aceitar mais uma vez o abandono (e até humilhação) de Miranda, nos tocam como toca Carrie. Ao vê-lo parado no tempo, com a decisão de se manter ligado ao que teve com a esposa, Carrie decide seguir em frente e encontrar alguém, no caso, o professor. Com a música Leave a Light On, nada sutil, tocando enquanto Carrie encerra o episódio indo dançar.

Na verdade, tendo uma segunda temporada, já sabemos que Miranda pode até não seguir com Che, mas não volta mais para Steve. Na série original foi diferente. Os dois terminaram, ele se manteve disponível, mas arrumou outras namoradas. Quando se ligou a uma em especial, Miranda se descobriu apaixonada por ele. E o conseguiu de volta. Seria lindo vê-lo saindo dessa submissão, mas é seguro que Steve simplesmente saia do cenário bem quieto. Sai com dignidade e nosso apoio.

E Che e Miranda? Che é o máximo. Boa personagem, boa química e bom potencial, acho que veio para ficar. Miranda, que ganhou até protagonismo nessa temporada em que Carrie estava morgada, parece ser a personagem que conhecemos, menos histérica e mais feliz. Dito isso, seu momento “Meg Ryan” na escada de Che foi um absurdo. Se eu fosse vizinha de Che ia ficar muito p*** com o volume de voz de uma autocentrada Miranda discutindo a relação em pleno hall do prédio como se estivesse em casa.

Miranda e Charlotte foram as personagens que trouxeram para a série as questões atuais da sociedade: inclusão, identidade, gêneros, envelhecimento. Carrie ficou “apenas” com o luto, mas uma vida financeiramente segura (se Big deixou um milhão de dólares para a ex, imaginamos quanto Carrie herdou) e, tendo em vista que mesmo comprando e vendendo apartamentos como se fossem supermercados, ao ficar no seu antigo (e próprio) apartamento original, seus custos devem ter reduzido.

E falando em Charlotte. Charlotte foi surpreendentemente moderna em aceitar que Rose passasse a ser Rock, sua vida com Harry é idílica e suas preocupações são, honestamente, zero. Seus dramas são irrelevantes e de fácil solução, sua neurose irritante é aceita com carinho por todos… só achei divertido ver que Lilly absorveu todas as características de sua mãe. Achei divertido.

Ainda não anunciaram a segunda temporada de And Just Like That, mas o episódio final chega na quinta-feira que vem. Essa temporada foi boa – eu sou fã!- mas poderia ter sido ainda melhor. Quero ainda listar as músicas e, principalmente, os locais frequentados pelas personagens para termos uma lista quando um dia pudermos voltar a viajar…

E, HBO MAX, por que não temos os podcasts de Che e Carrie disponibilizados nas redes sociais? Perderam uma super oportunidade de engajamento, hein?



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