No segundo episódio de Downton Abbey in New York ou The Gilded Age, está difícil de entender quem não seja o antagonista. A série, que traz pessoas que existiram convivendo com os fictícios, tem todo potencial para agradar os órfãos de Downton Abbey, mas vem sido duramente avaliada pelos críticos. Com muitas personagens, atores de teatro e TV dividindo a cena com novatos, a trama já está clara, parece rala e – como falamos – quase não tem mocinhos.

Pelo menos nessa temporada, os Russells serão ainda bastante humilhados como “emergentes”, especialmente Bertha (Carrie Coon), assim como foi Alva Vanderbilt. Apenas por saber que essa é a inspiração da série que minha esperança se mantém para que engrene. Relembre o quanto a história verdadeira tem potencial dramático aqui.

No segundo episódio confirmamos também que Louisa Jacobson ainda está longe da maturidade artística de uma protagonista, mesmo sendo filha de Meryl Streep. Marion é ousada demais para quem depende de suas tias a aprovação geral. Mesmo sendo a filha de um rebelde, está fora de lugar. Aparentemente tem dois paqueras, mas ambos rechaçados pela exigente Agnes van Rhijn (Christine Baranski). Enquanto isso, o primo de Marion (e filho de Agnes) está abertamente interessado na adolescente Gladys Russell. Estando envolvido com um homem, não resta dúvida que o já rico Oscar van Rhijn quer mais.

Há subornos, traições e bate-bocas polidos, mas falta ainda o carisma da série britânica. Como disse, percebendo que Julian Fellowes aparentemente quer recontar a história dos Vanderbilts, há de melhorar.

No próximo episódio, os Russells vão ser ainda mais ofensivos e agressivos com seus inimigos. Não são poucos!