Em 2019 a atriz Lucy Boynton, parte do elenco do grande sucesso que foi a cinebiografia da banda Queen em Bohemian Rhapsody foi anunciada em um grande projeto: o filme sobre a cantora, atriz e poetisa inglesa, Marianne Faithfull.
Em 2020, a atriz recebeu a benção da própria, que pousou ao seu lado na Fashion Week em Paris. Aí veio a pandemia…


O filme, Faithfull será uma adaptação do best-seller de Marianne, lançado em 1994 e onde compartilhou em detalhes sua ascensão ao sucesso, ainda adolescente aristocrata, o envolvimento com as drogas pesadas, o romance com Mick Jagger e outros escândalos até perder tudo e ter que viver como mendiga nas ruas, antes de ressurgir como artista. Com uma vida de reviravoltas e muita superação, a história de Marianne Faithfull vai render um filme incrível.
Lucy Boynton será dirigida por Ian Bonhôte e só falta definir o ator que vai interpretar Mick Jagger para as filmagens começarem ainda em 2022, dois anos depois do esperado. e o filme começará a ser filmado no outono.
Faithfull se passa em Londres em meados dos anos sessenta e segue a “jornada de montanha-russa da cantora e compositora desde ser descoberta como uma estudante de 17 anos, encontrar a fama como um ídolo pop, viver tempos hedonistas e um romance tumultuado com Mick Jagger que inspirou algumas de suas melhores músicas, para ser um viciado em drogas sem-teto no Soho.”
Faithfull vai focar na Londres de meados dos anos 1960s, a “swingin London” cuja musa era Marianne. Nesse período ela foi descoberta, ainda estudante e com 17 anos, virando ídolo pop quase da noite para o dia. Seu romance tumultuado com Mick Jagger inspirou algumas de suas melhores músicas, mas em pouco tempo ela se viu viciada em drogas e uma sem-teto no Soho.
Para o diretor, a trajetória de Marianne é um tema ainda com impacto na geração mais nova. “Marianne é uma mulher extraordinária que se rebelou contra a indústria da música dominada por homens”, falou Bonhôte em uma entrevista. “O filme irá explorar questões femininas, bem como as injustiças que ela sofreu em sua busca para ser reconhecida como artista. Estou honrado em colaborar com Lucy e Julia [Taylor-Stanley, produtora] para iluminar a história atemporal de Marianne”.
Para Lucy, que se identifica com a personagem, há outros fatores importantes. “A mídia a colocou de uma maneira que fosse conveniente para eles como a ‘namorada de’. Eles jogaram os lados ligeiramente mais lascivos dessas histórias ou a colocaram como uma coisa jovem e angelical virginal. [Este filme] é uma visão interessante de como as mulheres eram vistas na época e como as mulheres são usadas pela mídia”, disse.


A preparação da atriz para o papel de sua carreira tem sido acompanhada publicamente, especialmente com o visual inovador nos tapetes vermelhos, que remetem os anos 1960s. Depois de interpretar a ex-noiva e melhor amiga de Freddie Mercury, Mary Austin, em Bohemian Rhapsody (e conviver com os músicos do Queen, Brian May e Roger Taylor), ela lembra do momento em que foi aprovada pessoalmente por Marianne para interpretá-la. “[Marianne] me olhou de cima a baixo enquanto analisava: ‘Ela pode fazer isso? E então concluiu: ‘Sim, tudo bem’, lembrou Lucy em uma entrevista em 2022.
“Marianne Faithfull é alguém que constantemente teve sua identidade prescrita ou narrada em seu nome”, diz Boynton na mesma entrevista. “Eu acho que ela é uma mulher extraordinária porque ela nunca foi diluída por isso. Ela é tão palpavelmente ela mesma e sempre gritou para nós sobre quem ela é”, avaliou.
O atraso das filmagens quase perdeu a própria cantora, que foi internada com Covid e quase morreu. Segundo Lucy, apesar de aprová-la, Marianne não deu nenhum palpite ou dica de como interpretá-la. E a atriz ainda não decidiu se vai cantar ela mesma os sucessos como As Tears Go By e The Ballad of Lucy Jordan , imortalizados na voz de Marianne. Mas está com uma playlist em loop treinando. “Eu continuo praticando apenas no caso. É definitivamente um desafio que estou animada para assumir”, confessou.
E aqui está minha playlist para ir preparando o clima. E se quiser saber mais sobre Marianne, leia minha matéria em CLAUDIA.