Patti Smith embala Daisy Jones e The Six


Uma das coisas mais positivas de Daisy Jones e The Six é a trilha sonora original, com as canções da banda reunidas no álbum Aurora e cantadas pelo elenco. Fosse um filme, estariam certas para o Oscar, mas teremos que aguardar o Emmys 2024. No entanto, quem abre a série e determina seu ritmo é outra artista, ninguém menos do que a musa Patti Smith. E claro que a escolha da canção foi certeira: Dancing Barefoot.

Um dos maiores sucessos na carreira da roqueira e poetisa é inspirada em uma história de amor destrutiva e real. Ha! Isso elimina Daisy e Billy, queridos e não é sobre Stevie e Lindsey. É sobre a artista francesa Jeanne Hebuterne e pintor italiano Amedeo Modigliani, descrita como “um amor curto, mas apaixonado, com um final amargo”. Brilhante!



O relacionamento entre Jeanne e Modigliani durou cerca de três anos e obviamente ela foi sua musa. Porém quando ele morreu de meningite tuberculosa, Jeanne, que estava grávida de seu segundo filho, entrou em profunda depressão e pulou da janela. Calma, a comparação com Daisy e Billy parou no breve e intenso. Os dois sobreviveram a eles mesmos, como já sabemos desde o início.

Patti, no entanto, usa Jeanne Hebuterne como um símbolo das mulheres que estão dispostas a se sacrificar pelo amor puro e mais um exemplo do que é Divino. Como mesmo disse na época, “a música aborda tanto o amor físico quanto o espiritual.”

Lançada em 1979, há uma polêmica que também se encaixa com a série. As drogas. Ela canta sobre “heroína” e é ambíguo se é sobre a droga ou feminino de herói, como ela alega. “Me faz gozar como uma heroína” parece ser referência a vícios e embriaguez porque ela também canta sobre intoxicação, que pode ser psicológica. Segundo a autora, no entanto, ela está dançando descalça porque a música a está puxando para um estado de consciência superior, aliviando-a de suas inibições e fazendo-a se sentir uma heroína, a forma feminina do “herói”, mas não ajuda que tenha dedicado Dancing barefoot aos “ritos da heroína” e dito que Jim Morrison também foi uma influência para escrevê-la.

Não é à toa que os produtores reconheceram que esse clássico definia perfeitamente Daisy, que tem uma conexão quase espiritual com a música.

She is benediction
She is addicted to you
She is the root connection
She is connecting with him


Here I go and I don’t know why
I flow so ceaselessly
Could it be he’s taking over me
I’m dancing barefoot
Headin’ for a spin
Some strange music draws me in
It makes me come up like some heroine

She is sublimation
She is the essence of thee
She is concentrating on
He who is chosen by she

Here I go and I don’t know why
I flow so ceaselessly
Could it be he’s taking over me
I’m dancing barefoot
Headin’ for a spin
Some strange music draws me in
It makes me come up like some heroine

She is recreation
She intoxicated by thee
She has the slow sensation that
He is levitating with she

Here I go and I don’t know why
I flow so ceaselessly
Could it be he’s taking over me
I’m dancing barefoot
Headin’ for a spin
Some strange music draws me in
It makes me come up like some heroine

Oh God I fell for you

Publicidade

1 comentário Adicione o seu

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s