Estou preocupada com a minha reação ao final da segunda temporada de The Flight Attendant. A conclusão esperançosa me decepcionou, me senti tão dependente do caos como nossa querida Cassie Bowden (Kaley Cuoco).
Okay, já dei o spoiler, mas esperei dias para evitá-lo. Vou refletir o que me desagradou.
Primeiro, final feliz para Cassie? Nem mesmo tantas mortes. Ficou forçado.

Claro que me aliviou que o pobre Shane West (Griffin Matthews) tenha escapado, mas honestamente havia pouca dúvida que isso aconteceria. Depois de episódios tão interessantes, The Flight Attendant sofreu de um efeito Game-of-Thrones-Finale: muita vontade de subverter expectativas e pesando na mão de soluções sem pé nem cabeça.
A luta pela sobriedade, que foi o pano de fundo da temporada, foi um ângulo sensível e interessante, porém povoaram o universo de Cassie com tantos crimes e assassinos que oito episódios jamais seriam suficientes. A solução da trama de Megan Briscoe (Rosie Perez), por hora, foi o esperado, assim como o relacionamento do casal Annie e Max (Zosia Mamet e Deniz Akdeniz), assim como a ponta de Sharon Stone como a cruel mãe de Cassie, Lisa Bowden.


Porém, do lado dos crimes, havia muita confusão e que ficou em aberto, mesmo com a aparente conclusão. Por mais que nos convide a descartar qualquer conexão com a realidade, a viagem de The Flight Attendant se perdeu em multiplicar os McGuffins e – de alguma forma – diminuindo o final esperançoso que escolheram para fechar (incluindo o casamento e a referência de que Annie e Max são o novo Casal 20 (Hart to Hart).
Uma pena, porque a série é incrível. O espaço para uma terceira dose está super clara, será que sustenta?